Quem acompanha minimamente os programas de culinária mais badalados que passam nos canais de Cabo que estão disponíveis, conhece ou pelo menos já ouviu falar de Anthony Bourdain. Irreverente, politicamente incorrecto e conhecido pelos seus hábitos de excessos, Bourdain utiliza os seus programas para mostrar o lado menos conhecido de alguns destinos turisticos.
Neste Parts Unknown, Bourdain vai para além dos destinos turísticos. Nesta primeira temporada, exibida na CNN entre Abril e Junho de 2013, os destinos escolhidos têm como ponto em comum a instabilidade política recente ou ainda em progresso. Os locais escolhidos para a temporada foram:
- Myanmar. Um país que muito recentemente saiu de uma ditadura militar e que ainda se está a ajustar à liberdade de uma democracia.
- Los Angeles. Mais concretamente a conhecida "Koreatown", uma comunidade extremamente unida de cidadãos americanos com origens na Coreia do Sul e que sofreram bastante com as revoltas de 1992 que atingiram muitas comunidade de imigrantes.
- Colombia. Um episódio onde se retrata como a imagem pública do país se alterou na última dácada, deixando de ser uma nação exclusivamente ligada à produção e tráfico de droga.
- Quebec. Por ser uma região de temperaturas tão agrestes, o Quebec continua a ser uma zona pouco explorada a nível turístico.
- Marrocos. Conhecida por ser uma cidade sem proibições ou julgamentos morais, Tangier foi o ponto de eleição para vários escritores e artistas conhecidos pelo seu comportamento excessivo. De Paul Bowles a William Borroughs, vários foram os que deram asas ao espírito livre.
- Libia. Ainda a ressacar da queda do regime de Qaddaffi, a Libia vive ainda tempos conturbados e onde a cada momento a segurança é posta à prova. No entanto, as gerações mais jovens, aquelas que fizeram a revolução, começam a mudar o cenário do país.
- Peru. Do buliço da capital Lima às aldeias ainda do tempo das tribos de índios, o Peru vive tempos de descoberta no que diz respeito ao panorama da culinária.
- Congo. Cenário de um dos destinos de sonho de Bourdain, o Congo vive também as suas inconstâncias políticas, vergados a décadas de repressão colonialista, seguida de regimes ditatoriais militares altamente repressores.