Estou a ficar velha para estas andanças... Vida de hotelaria é dose só para os fortes!
Não me interpretem mal, adoro a minha profissão. Adoro toda a energia de contactar com várias culturas, várias nacionalidades. Sou tradutora por formação académica, adoro este contacto com línguas estrangeiras. Fico orgulhosa quando uso os meus idiomas mais fluentes e recebo elogios rasgados à perfeição do meu sotaque ou do meu vocabulário. Fico muito satisfeita quando tento usar aqueles que não falo tão bem e me dizem que afinal até os falo bem. E há também aquele sentimento de dever cumprido, ter o hóspede na minha frente e dar-lhe uma informação ou um conselho que o deixa esclarecido.
No entanto há aquelas alturas do ano em que a pessoa gostava de ter uma profissão diferente. A época alta (Julho e Agosto) é uma delas. A resistência física vai ao limite, a tolerância e a paciência vão ao limite, o stress vai a níveis astronómicos. Perdi a conta aos momentos em que jurei que ia perder a sanidade mental. São muitas nacionalidades diferentes, muitos temperamentos diferentes. Há gente para quem tudo está bem e só reclamam com um motivo bem forte, outros que por tudo e por nada já estão a reclamar.
E sendo uma unidade junto à praia, para além do que temos de lidar dentro de portas, ainda temos que lidar com a falta de civilidade das outras pessoas. Sejam os estacionamentos abusivos, sejam os estacionamentos selvagens (Agosto e autocarros turísticos são coisas que não se misturam).
Agora que entramos numa fase de turismo organizado, fica mais fácil de gerir o tempo e há mais vontade de publicar mais qualquer coisa. Conto conseguir publicar já alguma coisita durante esta semana. Tenho vários resumos de várias temporadas de várias séries que terminei durante este período para escrever.
Já a leitura... Bem, essa com o stress fica sempre esquecida. Estou encalhada entre as páginas 50 e 60 há várias semanas. Quando pegar no livro tenho que o começar de novo que já nem me lembro da premissa.